quarta-feira, 27 de julho de 2011

AMÓS 3.3

·Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?
ESTUDO:
Vamos entender o que acontece espiritualmente, a Palavra de Deus diz em 1Co 3.16 e 2Co 6.16 que o Espírito Santo habita em nós (os que tem Jesus como seu Senhor e Salvador - Romanos 10.9), logo de acordo com Amós 3.3 se a pessoa encontra outra e conversam sobre assuntos da Bíblia ou secular que não falem mal de ninguém, não contém pecado nesta conversa, certamente o Espírito Santo continuará habitando nesta pessoa, ou seja, o Espírito Santo e a pessoa estarão andando juntos (Andarão dois juntos), pois a conversa não contém pecado (se estiverem de acordo).
Outra situação, vamos chamá-la de SEGUNDA SITUAÇÃO: a pessoa tem Jesus como seu Senhor e Salvador e anda no pecado podemos citar: fofoca, contenda, inveja, adultério, fornicação, murmuração, não gostar do outro irmão etc., logo Deus não habita no pecado é impossível encontrar Deus no pecado e certamente o Espírito Santo não habitará nessa pessoa, o Espírito de Deus não habitará em uma casa impura e o Espírito Santo jamais habitará em alguém que não tenha Jesus como seu único Senhor e Salvador (Romanos 10.9).
Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?
De acordo com a SEGUNDA SITUAÇÃO o Espírito Santo não andará junto com esta pessoa, pois o Espírito Santo não habita no pecado e a pessoa esta vivendo no pecado. Observe, Deus quer a nossa obediência à Bíblia Sagrada, a obediência inclui santificação, separação, rejeitar o pecado.Resumindo não estão no mesmo pensamento, há uma incompatibilidade de pensamentos, já que Deus nos orienta a pensar de acordo com Filipenses 4.8 (Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai) e a pessoa que estamos citando como exemplo está com pensamentos impuros, maliciosos totalmente contrário à vontade de Deus.
Agora o pior, se o Espírito Santo não está andando com esta pessoa, isto quer dizer que quem esta acompanhando a pessoa é o diabo, o diabo tem permissão de agir na vida da pessoa, pois os pensamentos contrários a Deus pertencem ao diabo, visto que só andam juntos quando os dois compartilham os mesmos pensamentos, condutas e neste caso em questão o que está prevalecendo é o pecado e bem sabemos que o salário do pecado é a morte (Romanos 6.23a).
Eu te pergunto: - Quem tem sido o seu companheiro?

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Em Lucas 15, encontramos um conjunto de parábolas afins, que tratam do mesmo assunto: de coisas que perdemos e da busca que precisamos empreender para encontrá-las.
Podemos chamá-las de parábolas irmãs: a parábola da ovelha perdida, da dracma perdida e do filho perdido. Em todas elas, ao final, quando aquilo que era objeto da procura diligente dos envolvidos é encontrado, tem-se um motivo de alegria para os outros (os outros são convidados para se alegrar). Em outras palavras, aquilo que Deus realiza em nós, aquilo que nos é restituído acaba por beneficiar, principalmente, os outros. Com a parábola da dracma perdida, a Palavra de Deus nos ensina que começamos a perder o noivo (Jesus) dentro de nossa casa. E o que nos faz perdê-lo não são grandes coisas, mas uma soma de pequenas coisas, e tudo isso dentro de casa. Nos dias em que esta história foi contada, havia um costume que funcionava como uma aliança entre os noivos. O noivo dava de presente um colar contendo dez dracmas para a noiva, o que atestava para a sociedade de então que aquela mulher, que deixava à mostra o colar quando transitava pelas ruas, estava comprometida com alguém, havia feito uma aliança com uma pessoa que seria seu futuro marido.
Apocalipse 19:7 diz: “Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou”. A noiva, enquanto espera o noivo, vai se ataviando, vai se preparando, vai se adornando para encontrar-se com ele. O versículo 8 diz que esses atavios, esses enfeites são os atos de justiça dos santos.
É exatamente o que vemos na parábola da dracma. É o próprio noivo quem se ocupa de ataviar a noiva. Se ela não está ataviada (com o colar) não pode se apresentar diante dele. Seria uma vergonha para a noiva sair nas ruas sem o colar com as dracmas, pois estaria sem o adorno que a faria reconhecida como noiva daquele com quem estava desposada. Ela seria repudiada pelo noivo. Ela precisa estar adornada para ele, vestida com a justiça que ele mesmo preparou para ela. No entanto, observamos na parábola que a dracma não foi perdida na rua, mas em casa. Isso significa que deixamos de estar preparados para o noivo quando começamos a perder nosso enfeite dentro de casa. A mulher perdeu uma única dracma do colar que continha 10, no entanto era o que bastava para ela não sair às ruas, já que o colar estaria incompleto.
Poderíamos listar muitas coisas que temos perdido em casa: o respeito do marido pela esposa (e vice-versa), o carinho de um para com o outro; a falta de tempo de qualidade dedicado aos filhos; a falta de um altar de oração contínuo ao Senhor; a falta de ensino sistemático da Palavra de Deus aos filhos; a falta do sacerdócio do marido; a falta de sabedoria da esposa na edificação das coisas práticas do lar; o fato de os filhos deixarem de honrar os pais. Enfim, são muitas coisas. Cada qual precisa identificar as dracmas que perdeu. Todas essas coisas e muitas outras contribuem para que o nosso enfeite, o nosso adorno para o noivo esteja comprometido. O noivo não nos receberá sem essas coisas.
O que precisamos fazer diante desse quadro? A parábola nos ensina: devemos acender a candeia, varrer a casa e sair à procura da dracma de maneira diligente (até encontrá-la). Precisamos esquadrinhar tudo, olhar em todos os cantos, iniciar um exame minucioso, vasculhar com apetite, e não descansar antes de termos de volta as dracmas que se perderam. É interessante que, para uma família pobre como a da parábola, que, de dia, precisava acender uma candeia dentro de casa (o que atestava a simplicidade da residência que não possuía janelas), o próprio fato de acender a candeia (o consumo de azeite) já seria um gasto maior do que o da própria dracma (esta moeda grega equivalia ao denário romano, o salário correspondente ao pagamento de um dia de trabalho de um trabalhador médio).
Com essa providência, Deus nos convida a acender uma candeia dentro de casa, mesmo que o preço seja elevado. Afinal, o que está em vista é achar pequenas coisas que nos habilitem novamente a estarmos adornados, prontos para o noivo. E, como já dissemos, trata-se de pequenas coisas. Precisamos começar a acender uma candeia dentro de casa e a procurar diligentemente o que perdemos. Precisamos fazer vários resgates, do contrário continuaremos impedidos de nos relacionar intensamente com o noivo. É importante estar ciente de que a busca é diligente. Consumirá nossas forças, nosso tempo, nossa paciência. Não podemos desistir depois de uma leve “varrida”. Precisamos ir fundo. Dia a dia precisamos ir acendendo as candeias, até que elas se tornem um grande luzeiro e iluminem de maneira intensa os nossos lares e consigamos achar as dracmas que se haviam perdido. Isso leva tempo, mas os frutos são maravilhosos.
Depois de muito procurar, a noiva da parábola reúne as amigas e vizinhas para que se alegrem com ela. Outra vez a vemos despendendo recursos para comemorar que seguramente ultrapassavam o valor da dracma. Há um significado profundo aqui: quando achamos a dracma perdida, quando nosso lar está habilitado para o encontro com o noivo, e está perfeitamente gozando de intimidade e relacionamento intenso com ele, nossos  vizinhos, amigos e conhecidos são os maiores beneficiados. O ajuste de nosso lar, o conserto de nossa casa, a arrumação de nossa família vai fazer com que outros se alegrem. Meu reencontro com o  noivo beneficiará outros. Outros poderão se beneficiar da candeia que acendi em minha casa. Acendamos, portanto, a candeia! E mãos à obra: chegou a hora de procurar as dracmas!
(baseado em palestra proferida pelo pastor Jamê Nobre no encontro da Editora dos Clássicos, realizado em Sorocaba, nos dias 17 e 18 de Junho de 2006). É interessante que tendo divorciado família de igreja, colhemos hoje os frutos amargos. Se nossa casa não estiver em ordem, dificilmente a igreja estará. 1 Pedro 2 fala da atitude de Jesus quando ameaçado, oprimido, perseguido: “pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente”(v.23). O capítulo 3 inicia-se assim: “Semelhantemente, vós mulheres (v.1)…. Igualmente, vós, maridos… (v.7). Pedro vem falando da maneira como o Senhor se comportou durante seu ministério e, em seguida, passa a dizer com deve ser o comportamento da família. Agindo dessa forma podemos começar a encontrar as dracmas que se perderam. Precisamos reconhecer que temos ultrajados uns aos outros dentro do lar, temos feito coisas que têm ferido, desonrado, desestimulado nossos cônjuges e filhos. Somente com a consciência de acender a candeia é que poderemos reavê-las. Sem isso, estaremos envergonhados quando o noivo aparecer.
Outro texto muito relevante para o que vimos tratando é Tito 2. Paulo começa da seguinte forma: “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina.” Quando ouvimos falar em sã doutrina, pensamos logo em uma relação de coisas que se podem e que não se podem fazer. Pensamos em categorias teológicas, em aspectos em que muitas vezes dividimos os vários ensinamentos contidos nas escrituras (soteriologia, escatologia, doutrina do Espírito Santo, doutrina dos anjos etc). No entanto, o que Paulo está dizendo para Tito sobre a sã doutrina tem muito mais a ver com fatos que dizem respeito à vida comum do lar do que com outras coisas. Passa em seguida a falar sobre como os homens idosos devem se comportar, igualmente como as mulheres idosas devem agir. Fala da necessidade das jovens senhoras aprenderem com as mais experientes. Fala da sujeição da esposa aos maridos, de como elas devem administrar o lar. Alerta os moços para viverem uma juventude digna e sóbria. Fala sobre como os servos devem se comportar para com os seus senhores. Enfim, todas essas coisas estão relacionadas com a vida em família. E, para Paulo, essa é a sã doutrina. Atendendo com esmero, com diligência, com zelo essas coisas dentro do lar, estaremos, segundo Paulo, ornando, em todas as coisas, a doutrina de Deus, nosso Salvador. Em outras Palavras, e de acordo com tudo o que viemos dizendo até então, se acendermos a candeia dentro de casa e começarmos a resgatar o que se havia perdido, estaremos contribuindo para que a noiva adorne (enfeite, atavie) a doutrina a fim de estar pronta para receber o noivo quando este se apresentar. E o adorno da doutrina e, por conseqüência, da noiva, dá-se dentro do lar, a partir de pequenas coisas que, no cotidiano, foram sendo esquecidas.