sábado, 24 de novembro de 2012



                       MULHERES  RIXOSAS




Todos desejam um lar agradável. Provavelmente é seguro dizer que ninguém quer viver num lugar miserável, infeliz. Mas está claro que um lar agradável não é algo que se possa comprar com dinheiro. Se fosse assim, as pessoas ricas seriam felizes, e todos sabemos que bem poucas delas o são.
O que é que torna nossos lares verdadeiramente agradáveis? Sem dúvida, é a sabedoria que vem de Deus. Quando há sabedoria em casa, o lar é um prazer. Sendo assim, um lar agradável é aquele que tem uma mulher sábia, virtuosa no seu centro. Provérbios tem muitas descrições vívidas da mulher sábia e da mulher insensata. Para iniciar, considerem Provérbios 14:1: “A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba.” Ambas as mulheres estão ocupadas, e seu comportamento tem um impacto considerável sobre seus lares e suas famílias. Mas a mulher sábia está construindo, enquanto a insensata está destruindo. Poderíamos argumentar que pelo menos a insensata tem a atenção centrada no seu lar. Certamente – da mesma maneira que uma equipe de demolição tem sua atenção centrada ao direcionar a bola de demolição. O lar é um triste alvo, e que tragédia quando a pessoa designada por Deus para ser a benção principal acaba se tornando uma vergonha e uma destruidora.
Charles Bridges, um pastor do final do século XIX, diz em seu comentário sobre Provérbios, “Muitas são as misérias na vida de um homem; mas nenhuma se iguala àquela que vem de quem deveria ser o esteio da sua vida.” E continua dizendo que a esposa petulante é uma grande calamidade doméstica, e não há saída legal. Um filho rebelde pode pelo menos ser posto para fora de casa, diz ele, mas uma má esposa simplesmente tem que ser suportada.
O livro de Provérbios confirma isso. Uma mulher briguenta, petulante, rixosa, indiscreta, ignorante é uma grande aflição para seu marido e sua família. Seria melhor dormir sobre o teto, ou no deserto, do que suportar a sua raiva e amargura. Salomão diz que seria melhor suportar o mau tempo do que lidar com ela. Afinal, neste caso, o tempo pode ser pior em casa do que fora. Um homem está melhor sozinho do que acompanhado de uma mulher como esta.
A maioria das mulheres cristãs prontamente presume que não estão na categoria das “rixosas e petulantes.” Mas gostaria de refinar isto um pouco para que possamos todos prestar atenção. Já vi mulheres destruírem seus lares, e normalmente isto não acontece em um dia. Foram anos de lamúrias, reclamações, descontentamento, perturbação e outros “pequenos” pecados não tratados. E isto se transformou em profundo ressentimento que acabou com uma espetacular demolição de um lar. “Pequenos pecados” de irritação, desprazer, auto-piedade, e um espírito crítico são como pequenos balanços com malhos. A parede acaba cedendo. Pequenos pecados sempre se transformam em grandes pecados. Cantares diz que as raposinhas estragam o vinhedo. As mulheres precisam ter uma política de tolerância zero com respeito aos seus próprios pecados. Devem se arrepender de todos imediatamente. Mentiras devem ser confessadas. Restituições devem ser feitas. O perdão deve ser buscado em todos os casos. De outra forma, um pecado leva a outro, e logo as coisas que deveriam ser o doce conforto do lar, a mesa de jantar e a cama de casal, tornam-se os palcos da tragédia anunciada.
De que maneira uma mulher pode buscar sabedoria para que isto não aconteça? De que maneira pode transformar seu lar se as coisas já estiverem em um estado de entulho e confusão? Como eu disse acima, o pecado deve ser primeiramente reconhecido e tratado. Mas depois, ela deve considerar a característica da sabedoria descrita em Provérbios e buscá-la diligentemente. “Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal ” (Provérbios 3:7). A mulher sábia busca a sabedoria no Senhor, não em si mesma. Esta humildade permite que ela seja ensinada: “O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o insensato de lábios vem a arruinar-se ” (10:8); “O caminho para a vida é de quem guarda o ensino, mas o que abandona a repreensão anda errado ” (10:17). Uma mulher insensata não aceita mandamentos, instrução, crítica, informação ou correção de ninguém. Nem do seu marido, nem do pastor, nem de seus amigos, nem da Palavra. Ela é sábia aos seus próprios olhos e não necessita de nada. Ela justifica seu comportamento para si mesma. Ela conta e reconta sua história em suas próprias palavras e faz os ajustes necessários para garantir que ainda pareça um personagem compassível. Mas os outros personagens da história, a sua família, a vêem de maneira bem diferente.
A mulher sábia não apenas pode ser ensinada, mas também ensina aos outros coisas boas: “Prata escolhida é a língua do justo, mas o coração dos perversos vale mui pouco. Os lábios do justo apascentam a muitos, mas, por falta de senso, morrem os tolos ” (10:20-21). Quando uma mulher sábia fala ao seu marido, isto é alimento. Quando fala aos filhos, eles são abençoados. Ela se torna a fonte de força da sua família, ao invés de drenar sua alegria. Ela é a coroa, trazendo ao seu marido “bem e não mal, todos os dias da sua vida.” (31:12).
Um lar com sabedoria será um “manancial de vida” (10:11). A mulher que busca este tipo de sabedoria necessariamente se tornará alegre, prudente, obediente, disciplinada, respeitosa e submissa ao marido, uma bênção para todos ao seu redor, edificando seu lar. Este é um contraste bem marcante em relação à mulher insensata que está destruindo a sua casa por ser rixosa, barulhenta, indiscreta, ignorante, tolerante consigo mesma, argumentadora, nunca satisfeita, e sempre reclamando. Há uma razão para a repetição em Provérbios deste assunto: as mulheres têm a tendência a tentação comum de serem como torneiras gotejando. E subestimam radicalmente o impacto da sua desobediência: “O gotejar contínuo no dia de grande chuva e a mulher rixosa são semelhantes” (27.15).



















QUEM É VOCÊ: RIXOSA OU SÁBIA?


"Toda a mulher sábia edifica a sua casa: mas a tola derruba-a com as suas mãos."Provérbios 14:1

Com o decorrer da vida, nos deparamos com vários tipos de mulheres. Sejam elas nossa mãe, irmã, tia, professora, amiga de escola. Em cada mulher há uma
personalidade única e especial.
A mulher é diferente do homem tanto fisicamente quanto psicologicamente, vendo muitas vezes o lado mais emocional das situações que a razão.
Nas mãos da mulher Deus entregou uma responsabilidade: edificar a própria casa. Mas o que seria afinal edificar?
A palavra nos remete ao sentido de construir. Esta é a responsabilidade da mulher perante o casamento e a família: construir um lar harmonioso, onde seja agradável viver.
Nem todas as mulheres tem a virtude da mulher sábia, que edifica sua casa. Muitas mulheres, por conta de sua própria tolice podem levar um lar à ruína.
A Bíblia relata o caso da mulher rixosa, a mulher que vive murmurando constantemente, brigando, está sempre irritada e irritando toda a família. A mulher que age deste modo desestrutura a harmonia do lar, tornando-o um lugar insuportável. Seu esposo não tem prazer de estar em casa, nem seus filhos, porque sabem que serão atormentados por aquela que deveria recebê-los com amor.
Em Provérbios 27:15 lemos:
"O gotejar contínuo no dia de grande chuva, e a mulher rixosa, uma e outra são semelhantes." Assim é comparada a mulher rixosa, como algo muito incômodo
.
A mulher rixosa torna-se tão desagradável para àqueles com quem convive, que sua presença torna-se um verdadeiro estorvo, sendo preferível qualquer outra coisa que viver com uma mulher assim:
"Melhor é morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e iracunda." (Provérbios 21:19)

"Melhor é morar a um canto de umas águas-furtadas, do que com a mulher rixosa numa casa ampla."(Provérbios 25:24) Morar num canto de águas-furtadas é o mesmo que viver num canto onde há somente um telhadinho!
Se você se identificou com a mulher rixosa, ainda há uma solução! Nunca é tarde para mudar de atitude.
No capítulo 31 de Provérbios vemos as qualidades da mulher virtuosa, que trabalha em prol de uma boa convivência no lar com seu esposo, filhos, no trabalho, com os empregados, em todas as áreas da vida.
A respeito do tratamento da mulher virtuosa com o marido, lemos em Provérbios 31:12:
"Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida."

O que você tem feito com seu próprio lar? Como você tem tratado a responsabilidade que lhe foi confiada por Deus? Tem se tornado uma mulher com as
características da mulher rixosa, que torna o lar um lugar insuportável de se viver, ou tem se esforçado para trazer alegria aos seus mais chegados, que convivem com você diariamente?
A Bíblia nos faz uma pergunta e nos mostra o valor da mulher:
"Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede o de rubis." (Provérbios 31:10)

Não siga o caminho da mulher rixosa, pois ela se enquadra no papel da mulher tola, capaz de destruir o próprio lar.
Seja uma mulher preciosa para o seu lar, para o seu esposo e filhos, para todos que a rodeiam e Deus irá abençoar sua vida e a vida daqueles com quem você convive.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A DIFERENÇA ENTRE O CRENTE E O DISCÍPULO



Todo discípulo é um crente, mas nem todo crente é um discípulo. Sabe porquê?

O crente espera pães e peixes; o discípulo é um pescador.

O crente luta por crescer; o discípulo luta para reproduzir-se.

O crente se ganha; o discípulo se faz.

O crente depende dos afagos de seu pastor; o discípulo está determinado a servir a Deus.

O crente gosta de elogios; o discípulo do sacrifício vivo.

O crente entrega parte de suas finanças; o discípulo entrega toda a sua vida.

O crente cai facilmente na rotina; o discípulo é um revolucionário.

O crente precisa ser sempre estimulado; o discípulo procura estimular os outros.

O crente espera que alguém lhe diga o que fazer; o discípulo é solícito em assumir responsabilidades.

O crente reclama e murmura; o discípulo obedece e nega-se a si mesmo.

O crente é condicionado pelas circunstâncias; o discípulo as aproveita para exercer a sua fé.

O crente exige que os outros o visitem; o discípulo visita.

O crente busca na palavra promessas para a sua vida; o discípulo busca vida para receber as promessas da Palavra.

O crente pensa em si mesmo; o discípulo pensa nos outros.

O crente se senta para adorar; o discípulo anda adorando.

O crente pertence a uma instituição; o discípulo é uma instituição em si mesmo.

Para o crente, a habitação do Espírito Santo em si é sua meta; para o discípulo, é meio para alcançar a meta de ser testemunha viva de Cristo a toda criatura.

O crente vale porque soma; o discípulo vale porque multiplica.

Os crentes aumentam a comunidade; os discípulos aumentam as comunidades.

Os crentes foram transformados pelo mundo; os discípulos transformaram, transformam e transformarão o mundo.

Os crentes esperam milagres; os discípulos os fazem.

O crente velho é problema para a igreja; o discípulo idoso é problema para o reino das trevas.

Os crentes se destacam construindo templos; os discípulos se fazem para conquistar o mundo.

Os crentes são fortes soldados defensores; os discípulos são invencíveis soldados invasores.

O crente cuida das estacas de sua tenda; o discípulo desbrava e aumenta o seu território.

O crente se habitua; o discípulo rompe com os velhos moldes.

O crente sonha com a igreja ideal; o discípulo se entrega para fazer uma igreja real.

A meta do crente é ir para o Céu; a meta do discípulo é ganhar almas para povoar o Céu.

O crente maduro finalmente é um discípulo; o discípulo maduro assume os ministérios para o Corpo.

O crente necessita de festas para estar alegre; o discípulo vive em festa porque é alegre.

O crente espera um avivamento; O discípulo é parte dele.

O crente agoniza sem nunca morrer; o discípulo morre e ressuscita para dar vida a outros.

O crente longe de sua congregação lamenta por não estar em seu ambiente; o discípulo cria um ambiente para formar uma congregação.

Ao crente se promete uma almofada; ao discípulo se entrega uma cruz.

O crente é sócio; o discípulo é servo;

O crente cai nas ciladas do diabo; o discípulo as supera e não se deixa confundir.

O crente é espiga murcha; o discípulo é grão que gera espigas saudáveis.

O crente responde talvez... o discípulo responde eis-me aqui.

O crente preocupa-se só em pregar o evangelho; o discípulo prega e faz outros discípulos.

O crente espera recompensa para dar; o discípulo é recompensado porque dá.

O crente é pastoreado como ovelha. O discípulo apascenta os cordeiros.

O crente se retira quando incomodado; o discípulo expulsa quem realmente quer incomodá-lo os demônios.

O crente pede que os outros orem por ele; o discípulo ora pelos outros.

Os crentes se reúnem para buscar a presença do Senhor; o discípulo carrega a Sua presença através do Espírito Santo.

Ao crente é pregada somente a salvação pelo Sangue de Jesus; O discípulo toma a Santa Ceia e anuncia às potestades do ar a vitória de Cristo sobre elas, para a Glória de Deus.

O crente segue tentando limpar-se para ser digno de Deus; o discípulo não se olha mais e faz a obra na fé de que Cristo já o limpou.

O crente espera que alguém lhe interprete as escrituras; o discípulo conhece a voz de seu Senhor e testemunha dEle.

O crente não se relaciona com membros de outras igrejas; o discípulo ama a todos pois isto é uma ordem de Deus, e só assim o mundo o reconhecerá como discípulo de Jesus.

O crente procura conselhos dos outros para tomar uma decisão; o discípulo ora a Deus, lê a Palavra e em fé toma a decisão.

O crente espera que o mundo melhore; o discípulo sabe que não é deste mundo e espera o encontro com seu Senhor.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Mentira na Bíblia



Não dirás falso testemunho contra o teu proximo.
Êxodo 20:16
O que usa de fraude não habitará em minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos.
Salmos 101:7
Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor; mas os que praticam a verdade são o seu deleite.
Provérbios 12:22
Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros.
Efésios 4:25
não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos, e vos vestistes do novo, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;
Colossenses 3:9-10
Mas, se tendes amargo ciúme e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.
Tiago 3:14
Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo o que ama e pratica a mentira.
Apocalipse 22:15

Outros Versículos encontrados:

Mas eles replicaram. É mentira; dize-no-lo, pedimos-te. Ao que disse Jeú: Assim e assim ele me falou, dizendo: Assim diz o Senhor: Ungi-te rei sobre Israel.
2 Reis 9:12
Filhos dos homens, até quando convertereis a minha glória em infâmia? Até quando amareis a vaidade e buscareis a mentira?
Salmos 4:2
Destróis aqueles que proferem a mentira; ao sanguinário e ao fraudulento o Senhor abomina.
Salmos 5:6
Mas o rei se regozijará em Deus; todo o que por ele jura se gloriará, porque será tapada a boca aos que falam a mentira.
Salmos 63:11
A testemunha verdadeira não mentirá; a testemunha falsa, porém, se desboca em mentiras.
Provérbios 14:5
Suave é ao homem o pão da mentira; mas depois a sua boca se enche de pedrinhas.
Provérbios 20:17
Alonga de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza: dá-me só o pão que me é necessário;
Provérbios 30:8
Porquanto dizeis: Fizemos pacto com a morte, e com o Seol fizemos aliança; quando passar o flagelo trasbordante, não chegará a nós; porque fizemos da mentira o nosso refúgio, e debaixo da falsidade nos escondemos.
Isaías 28:15
E farei o juízo a linha para medir, e a justiça o prumo; e a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas inundarão o esconderijo.
Isaías 28:17
Apascenta-se de cinza. O seu coração enganado o desviou, de maneira que não pode livrar a sua alma, nem dizer: Porventura não há uma mentira na minha mão direita?
Isaías 44:20
Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos dedos de iniqüidade; os vossos lábios falam a mentira, a vossa língua pronuncia perversidade.
Isaías 59:3
Como pois dizeis: Nós somos sábios, e a lei do Senhor está conosco? Mas eis que a falsa pena dos escribas a converteu em mentira.
Jeremias 8:8
E encurvam a língua, como se fosse o seu arco, para a mentira; fortalecem-se na terra, mas não para a verdade; porque avançam de malícia em malícia, e a mim me não conhecem, diz o Senhor.
Jeremias 9:3
E engana cada um a seu próximo, e nunca fala a verdade; ensinaram a sua língua a falar a mentira; andam-se cansando em praticar a iniqüidade.
Jeremias 9:5
porque vos profetizam a mentira, para serdes removidos para longe da vossa terra, e eu vos expulsarei dela, e vós perecereis.
Jeremias 27:10
Não deis ouvidos às palavras dos profetas que vos dizem: Não servireis ao rei de Babilônia; porque vos profetizam a mentira.
Jeremias 27:14
Então falei aos sacerdotes, e a todo este povo, dizendo: Assim diz o Senhor: Não deis ouvidos às palavras dos vossos profetas, que vos profetizam dizendo: Eis que os utensílios da casa do senhor cedo voltarão de Babilônia; pois eles vos profetizam a mentira.
Jeremias 27:16
Então disse o profeta Jeremias ao profeta Hananias: Ouve agora, Hananias: O Senhor não te enviou, mas tu fazes que este povo confie numa mentira.
Jeremias 28:15
Manda a todos os do cativeiro, dizendo: Assim diz o Senhor acerca de Semaías, o neelamita: Porquanto Semaías vos profetizou, quando eu não o enviei, e vos fez confiar numa mentira,
Jeremias 29:31
Embruteceu-se todo homem, de modo que não tem conhecimento; todo ourives é envergonhado pelas suas imagens esculpidas; pois as suas imagens de fundição são mentira, e não há espírito em nenhuma delas.
Jeremias 51:17
 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

ESTUDO DO LIVRO DE RUTE

A história de Rute se passa no tempo dos Juízes, num período de desobediência, idolatria e violência. Conta como uma mulher viúva, moabita, que mesmo sendo de uma nação proibida de entrar na congregação do Senhor, eternamente (Dt .3), decidiu seguir o povo de Deus, se tornou bisavó de Davi e ancestral do Messias.
Essa história desenrola-se entre o mandato dos juizes Gideão e Jefté. O livro reflete um período transitório de paz entre Israel e Moabe (Jz 3.12-30). Oferece uma série de vislumbres da vida de membros de uma família israelita. Apresenta também um relato ameno de como permanecera um pouco de fé e piedade genuína no período dos juízes, suavizando um retrato da época que se não fosse por isso, seria totalmente obscuro.
AUTOR
A autoria do livro é desconhecida. Devido a genealogia no capítulo 4 que vai até Davi, mas não até Salomão, alguns estudiosos entendem que este livro tenha sido escrito depois de Davi ser ungido rei, mas antes de assumir o trono, quando Samuel ainda era vivo, por isso uma tradição judaica atribui a autoria do livro de Rute ao profeta Samuel.
COMPOSIÇÃO E PROPÓSITO
Apesar de situado na Bíblia após o livro de juízes, a exemplo da Septuaginta e da Vulgata Latina, a ordem judaica coloca o livro na terceira divisão do cânon, entre os Escritos. Por isso não é considerado parte da história deuteronomista.
Essa comovente história tem provocado diferentes conclusões quanto ao seu propósito. Uma história como essa não precisa de moral para justificar sua popularidade, porém não há duvidas de que ela tem uma moral ou um propósito teológico. Os interpretes da Bíblia não tem dificuldade em encontrar um propósito; o desafio tem sido encontrar um tema central que perpasse todo o texto.
Propósito principal – mostrar como uma mulher gentia se converteu em um dos antepassados de Cristo.
O livro de Rute tem sido interpretado como celebração do seguinte:
1 - que um convertido, mesmo sendo de Moabe, pode ser fiel ao Senhor e obter filiação plena em Israel.
2 – Que qualidades como lealdade e fidelidade as leis do Senhor demonstradas por um estrangeiro podem servir de modelo para o povo de Israel.
Boaz é o modelo para o parente que redime, ao passo que Rute reflete graciosamente o amor fiel de Deus a quem busca refúgio em suas asas.
Como o livro termina em Davi, muitos o consideram uma mensagem relativa ao rei. A questão é:
- O que o livro quer transmitir sobre ele?
- É uma tentativa de explicar e desculpar sua ascendência estrangeira?
- Pretende mostrar a providência divina em ação para preservar a linhagem da qual era herdeiro?
Outros consideram a ligação de Davi com o livro, secundária. Acreditam que o propósito é promover a conversão de povos estrangeiros ou desmotivar o casamento de israelitas com eles. Ambas as ideias são difíceis de apoiar por causa da mudança da situação descrita na obra e por causa do seu tom suave.
DIFICULDADES
Questões que tem fascinado estudiosos surgem diretamente de elementos estranhos da narrativa. Estes podem ser divididos em grupos:
1 – Questões relacionadas com as dificuldades de definir a data e origem do livro.
2 – Questões sobre costumes legais, especialmente as obrigações familiares de um parente próximo de uma pessoa falecida.
TEMA
Providência divina. Diante da tragédia que se abateu na família de Elimeleque, Deus recompensou amplamente a piedade de Noemi e a lealdade de Rute.
Como a vida de uma jovem moabita foi enriquecida:
1 – Por meio da constância de uma sábia escolha (1.16).
2 – Por meio de um trabalho humilde (2.2-3).
3 – Ao aceitar o conselho de uma amiga mais idosa e experiente (3.1-5).
4 – Por meio de uma aliança providencial (4.10-11).
5 – Por sua exaltação em uma família real (4.13-17).
TEOLOGIA
Talvez pareça surpreendente que quem reflete o amor de Deus seja uma moabita, povo que foi amaldiçoado pelo próprio Deus, por terem agido como inimigos do povo de Israel durante a caminhada deles no deserto em direção a Canaã (Dt 23.3-4). No entanto, sua total lealdade à família israelita que à acolheu por casamento e sua devoção total à sogra Noemi, tornam essa mulher verdadeira filha de Israel, ancestral de Davi e por consequência de Jesus. É um exemplo claro que Deus não escolhe ninguém por causa da família, nação ou povo, mas sim por ajustar a sua vida a vontade de Deus. Rute ao ser incluída na linhagem de Jesus, significa que todos as nações serão aceitos e representados no reino de Deus.
CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
Embora seja um documento de clara importância histórica sobre o período dos juízes, a narrativa do livro é desenvolvida com intensidade dramática. A história move-se rapidamente através de vários estágios, cada um sendo marcado por elementos de ironia e suspense, todos contribuindo para comprovar a fidelidade da providência divina. O Senhor inspira o retorno de Noemi para Israel, a fidelidade de Rute, a aliança e o apego correto de Boaz no cumprimento da lei. O livro fecha com uma genealogia do rei Davi, o descendente de Boaz, o israelita e de Rute a moabita, uma jovem viúva que se refugiou sobre as asas do Senhor Deus de Israel (2.12).
Rute e Boaz fazem parte de uma genealogia mais extensa onde a graça de Deus é combinada com a fraqueza humana.
O QUE ERA O RESGATADOR?
O sistema do levirato é explicado na literatura israelita em Deuteronômio 25.5-10. De acordo com essa lei, se um homem morresse sem deixar filhos, o irmão era obrigado a gerar um filho com a viúva. Posteriormente, esse filho seria considerado herdeiro do irmão falecido. Assim as famílias não teriam fim.
A interpretação do costume do levirato é condizente com direitos de resgate de terras e introduz o contexto legal do livro de Rute. O termo “Resgatador”, é tirado da lei de resgate de terras (Lv 25.25-31, 47-55). Segundo essa lei, a terra vendida podia ser comprada de volta por um parente para manter a terra na família. Tanto a lei da terra quanto o levirato tinham o propósito de preservar família e terra, questões essenciais na aliança. Eram provisões sociais pelas quais as promessas divinas continuariam a se realizar mesmo para famílias em crise.
QUEM ERAM OS MOABITAS?
Os moabitas são descendentes de Ló, sobrinho de Abraão com sua filha primogênita. Estabeleceram-se na Transjordânia, território entre o mar Morto e o deserto da Arábia, anteriormente ocupada pelos emins, conhecidos também como refains ou enaquins (Deuteronômio 21.10-11). Muitas vezes faziam incursões predatórias em Israel; “em bandos costumavam invadir a terra, à entrada do ano” (2 Reis 13.20). Combatidos por juízes e por Saul, foram definitivamente vencidos por Davi. Tinham religião politeísta e um regime monárquico. Seus deuses principais eram Quemos, Atar e Baal-Peor. Inscrições encontradas coincidem com os da Bíblia e mostram que Quemos era o deus de Moabe.
ANÁLISE HISTÓRICA
Sobre Noemi:
1- Sua permanência em Moabe (1.1-5).
2- Seu triste regresso à Belém (1.6-22).
Sobre Rute:
1- Respiga nos campos de Boaz (cap. 2).
2- Seu casamento com Boaz (4.13)
3- O nascimento de seu filho Obede, avô de Davi (4.13-16).
4- Na genealogia de Davi (4.18-22).

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Possivelmente, você já dever ter lido em muitas passagens bíblicas a menção da palavra escriba. Destaco dois textos dos muitos onde ela aparece: “Esta é a cópia da carta que o rei Artaxerxes deu ao sacerdote Esdras, o escriba das palavras, dos mandamentos e dos estatutos do SENHOR sobre Israel:” (Esdras 7. 11). “Então, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores.” (Mateus 8. 19)
O escriba era um especialista na Lei (No Antigo Testamento, principalmente na Lei de Moisés). Suas principais funções eram interpretar a Lei de Moisés, trazendo soluções para as questões difíceis, e fazer cópias exatas da Lei para o uso nas sinagogas. Era referência quando o assunto era a Lei de Deus. Era uma espécie de teólogo, de mestre, de professor, de doutor da Lei.
Com o passar dos anos, na época de Jesus, os escribas, com suas interpretações, já haviam montado uma espécie de “tradição” que andava paralela ao que dizia a Palavra de Deus. Ela é mencionada na Bíblia como “tradição dos Anciãos”. Eles fizeram uma espécie de “lei” que eles mesmos escreveram e que a atribuíam como sendo a vontade de Deus. Veja um exemplo: “Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos, quando comem.” (Mateus 15. 2).Lavar as mãos antes da refeição foi uma “lei” incorporada na religião e na cultura pelos escribas por “tradição”. Não há nenhuma lei na Bíblia mencionando essa obrigatoriedade.
Diversas “tradições” desse tipo foram sendo incorporadas na religião judaica e na cultura, o que fez com que Jesus se dirigisse aos escribas de forma dura, pois eles haviam se desviado da sua verdadeira função: “Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus (…) Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.” (Mateus 23. 2, 4)
Por fim, tiveram papel fundamental, junto com os fariseus, no martírio de Jesus Cristo.



Publicano é o nome dado aos coletores de impostos nas províncias do Império Romano.
Buckland [1] afirma que havia duas espécies de publicanos:
  1. Os publicanos gerais, que eram responsáveis pela renda do império perante o imperador romano;
  2. Os publicanos delegados por estes em cada província.
Os que eram considerados pelas "suas rapinas e extorsões, como ladrões e gatunos" seriam as classes inferiores dos publicanos, sendo que, para tal, os publicanos gerais nomeavam nas províncias entre os próprios da nação a ser tributada. Destarte, eram odiados entre os judeus, um judeu que cobrava impostos para nação dominadora. Ainda segundo Buckland, uma virtude sobre eles residia, não eram hipócritas, como alguns fariseus que se denominavam vigilantes da Lei Mosaica e não admitiam que se comesse à mesa com um publicano.


Os publicanos na Bíblia
De acordo com o Novo Testamento da Bíblia, os publicanos eram detestados pelos judeus e muitas vezes envolviam-se em corrupção cobrando das pessoas além do que deveriam. E sofriam um grande repúdio da casta religiosa dos fariseus.
Relatam os Evangelhos que alguns publicanos converteram-se ao cristianismo, entre os quais Mateus (vide Chamado de Mateus), que deixou o ofício para se tornar apóstolo, e Zaqueu (Lucas 19:1-10) ao ser visitado por Jesus, promoveu restituição a todos que havia defraudado.
Jesus utilizou a figura dos publicanos, considerados grandes pecadores pelo povo, para ilustrar parábolas, como a Parábola do Fariseu e do Publicano ou a Parábola da Ovelha Perdida.
Relata o Novo Testamento que João Batista, quando foi indagado pelos publicanos sobre como deveriam proceder, recomendou-lhes que não tomassem das pessoas além do que lhes estava ordenado recolher (Lucas 3:12-13).

quinta-feira, 7 de junho de 2012

 

Louvor e Adoração


Louvor e adoração são duas coisas distintas, e objeto de uma confusão tremenda no meio evangélico. Como sempre coloco, há uma ignorância muito grande acerca de Deus na Igreja. Os participantes de nossas igrejas (inclusive muitos Obreiros e cooperadores) têm pouco conhecimento acerca do Deus a quem dizem servir (não que eu tenha muito). Daí porque há um grande número de Obreiros consagrados que acabam por abandonar a Obra ou a Casa do Senhor.
O Louvor foi elevado a condição de MINISTÉRIO, juntamente com a Adoração. O(a) amado(a) leitor(a) já ouviu falar do Ministério de Louvor e Adoração? É tratado como se fosse uma coisa autônoma e independente dentro da Igreja. Isto não corresponde, a meu ver, à melhor interpretação das Sagradas Escrituras.
Comecemos pelo CONCEITO de louvor. O que é LOUVOR? Normalmente o louvor é associado a cânticos, músicas, melodias. Assim, é comum que os "Ministros de Louvor" sejam os músicos, os cantores, os instrumentistas. Estes, normalmente, acreditam que o louvor (isto é, a parte musical) é a parte mais importante do culto, e reclamam do pouco tempo e importância que a ele se dá. Mais: acreditam que o louvor seria o mais importante pilar de uma igreja.
O louvor, o sacrifício de louvor, de acordo com a própria Bíblia, é o fruto dos lábios que confessam o nome de Jesus (Heb.13:15).
A música sempre teve um papel importantíssimo na cultura humana. E, reconheça-se, ela tem o poder de mudar o estado de espírito de uma pessoa. Isto é, uma pessoa triste pode ficar alegre cantando. E esta tem sido, infelizmente, a forma como o louvor tem sido encarado e praticado em nossas igrejas. Não que isso seja uma coisa ruim. Em absoluto. Mas esta não é a finalidade bíblica e espiritual do louvor, enquanto música e canto.
Em Tiago 5:13 lemos:
"está aflito alguém entre vós? Ore. Está alguém contente? Cante louvores". Tiago 5.13
Isto é, o louvor é produto, é resultado, é conseqüência. E não fundamento, origem, pilar, base, esteio.
Lendo-se o livro de Salmos, vemos que os louvores têm sempre um FUNDAMENTO, uma CAUSA. Tipo:
"Rendei graças ao Senhor PORQUE Ele é bom" (Sl.136:1)
ou o cântico de Moisés e o povo em Êxodo 15 (recomendaria que lesse).

Não sei, como sempre, se estou conseguindo ser claro o suficiente....
O louvor precisa vir do interior, da alma do cristão. Quando as pessoas começam a cantar hinos e cânticos de louvor que foram gravados por outrem, que viveu experiências fortes e marcantes com o Senhor, mas sem que isso venha do interior, da alma, está se utilizando da música, da melodia, da expressão cantada da mesma forma como os ímpios se utilizam da música nos bares, nas boates, nas festas e nas casas de dança. Em outras palavras: quando as pessoas tristes, magoadas, angustiadas vão às igrejas, e se alegram com os cânticos, e se deixam conduzir pelas emoções produzidas pelos louvores, SEM antes consertar o altar (I Reis 18:30), o louvor cantado estará tendo a mesma serventia da música nos bares para quem estava triste. Seu efeito é passageiro, transitório. O louvor tem que fluir de dentro para fora, e não o contrário.
Repita-se: o louvor é fruto, é produto, é conseqüência do que o Senhor Deus fez (e faz) por nós. E não o fundamento de uma vida cristã.
O Senhor tem feito maravilhas na vida do(a) amado(a) leitor(a)? Então cante louvores. Se não tem, então, primeiro, conserte o altar (Atos 15:16). E então o seu louvor será puro e verdadeiro (Isaías 30).

Parte 2

Estamos falando (escrevendo) sobre louvor e adoração. Na primeira parte, lamentavelmente, fizemos apenas algumas pequenas considerações sobre o louvor. Na presente, lamentavelmente, pretendemos fazer apenas mais algumas pequenas considerações sobre a adoração. Não posso falar (escrever) muito, sob pena de não ter leitores.
Dito isto, podemos prosseguir.
A palavra "adorar" tem diferentes significados e sentidos, de acordo com o contexto em que são colocadas. Tipo: "adoro peixe defumado"; "Rodolfo Valentino foi um ídolo adorado"; ou
"Então me lancei a seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: Olha, não faças tal; sou conservo teu e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia." (Apo.19:10).

Vamos tentar falar sobre adoração, no sentido bíblico, e não no sentido coloquial ou gramatical da palavra.
Adoração, conforme já colocado, não se confunde com louvor. São duas coisas distintas, muito embora essa distinção não seja do conhecimento da maioria dos participantes da igreja. Enquanto que o louvor é
"fruto de lábios que confessam o nome de Jesus" (Heb.13:15)
a adoração não precisa de motivos.

Vou ver se consigo ser mais compreensível. Não existe amor à primeira vista. Existe paixão à primeira vista. Precisamos aprender a amar as pessoas. Elas precisam cativar nosso amor. Nós precisamos cativar seu amor. Mas há certas pessoas que não precisam fazer nada para que as amemos. Nós as amamos simplesmente pelo que elas são: nossos filhos. Nossos filhos não fizeram nada para que os amássemos. E nós os amamos pelo simples fato de serem nossos filhos. Quem tem filhos e os ama entende o que quero dizer.
Por que amamos nossos filhos desde antes de nascerem? Não sei. Não há explicação. Ao contrario das demais pessoas que precisam cativar nosso amor, o amor pelos filhos nasce com eles. Aliás, já existe antes mesmo que nasçam (mas nós temos que cativar o amor de nossos filhos).
Assim também deve ser a adoração. Não precisa de motivos, de fundamentos. Deus não precisa fazer nada para que O adoremos. Senão não é adoração. É louvor.
Para que um cristão comece a ADORAR a Deus, precisa ter comunhão, conhecimento, contato, ligação com Deus. Se assim não for, estaremos na mesma adoração dos habitantes de Atenas (Atos 17).
Adorar a Deus é reconhecer e confessar a sua glória, o seu poder, a sua majestade, a sua magnifência, não importando o que Ele faça ou deixe de fazer. A adoração é pelo que Deus é.
Na adoração, nos humilhamos diante de Deus, reconhecemos e exaltamos a glória, majestade e poder. Às vezes mesmo sem palavras.
Na adoração nada se pede, nada se reivindica, nada se agradece. Apenas se exalta, se glorifica ao Senhor nosso Deus. Apenas... se adora, e se alegra pela simples presença de Deus.
"Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado, todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é minha força, ele fará os meus pés como os da corça, e me fará andar sobre os meus lugares altos." (Hab.3:17-19)

terça-feira, 5 de junho de 2012


A Natureza da Verdadeira Adoração

por

Rev. Geoffrey Thomas



1. A verdadeira adoração é prestada a Deus somente por aqueles que nasceram do Espírito de Deus. “Aquele que é nascido da carne, é carne”, disse Jesus, e, portanto, toda assim chamada adoração feita por pecadores não regenerados é carnal. Somente um coração regenerado pode cantar a nova canção (Salmo 40:3).
2. A verdadeira adoração só pode ser realizada através do Espírito Santo, “Os verdadeiros adoradores adoram o Pai em espírito”, disse Jesus, e, portanto, unicamente através da iluminação que o Espírito concede a nossas mentes, e os sentimentos dela produzidos em nossos corações é que a nossa adoração pode ser edificante para nós e agradável a Deus. Os dons de liderança concedidos pelo Espírito a pastores e mestres são uma parte essencial da adoração pública.
3. A verdadeira adoração é estruturada pelas Escrituras. “Os verdadeiros adoradores adoram...em verdade”, disse Jesus. A Bíblia nos revela o Deus a Quem devemos adorar e como devemos fazê-lo: “com reverência e santo temor”. As Escrituras produzem a atmosfera e fornecem os temas, as orações, os louvores e a pregação. Dessa forma, possuímos um padrão para conhecer o que é certo e o que é errado em tudo o que é falado e cantado. Desfrutamos, também, uma maravilhosa liberdade de todas as tradições e artefatos que são introduzidos por homens não espirituais, na inútil tentativa de “tornar” a adoração mais importante e “significativa”. A verdadeira adoração é essencialmente simples.
4. A verdadeira adoração é centralizada em Deus. Não é centralizada na “inspiração”, tampouco nos sentimentos; nem mesmo é centralizada em Jesus –– não somos adoradores só de Jesus. Ela se centraliza no Pai. Disse Jesus: “os verdadeiros adoradores adoram o Pai”. Naturalmente, o Pai só pode ser adorado através do Filho e o objeto da nossa adoração é a Divindade como um todo: Pai, Filho e Espírito Santo. Certamente nós adoramos a Jesus, mas é errado adorarmos somente a Jesus e torná-lo o centro da nossa adoração, negligenciando o Pai.
5. A verdadeira adoração surge a partir de um contínuo andar com Deus. Um homem que dificilmente pensa em Deus durante os seis dias da semana, não está apto a adorá-lo corretamente no sétimo dia. Se tal pessoa fala quanto está se “regozijando” na adoração, alguma coisa está errada com ele! Ele está se entretendo ou está recebendo aquela vaga sensação de desafio que o homem natural desfruta. Por outro lado, em meio à verdadeira adoração, tal pessoa deveria sentir quanto está afastada de Deus e sentir uma tristeza santa por sua negligência para com a glória do Senhor.
6. A verdadeira adoração requer preparação. Um homem não pode simplesmente achegar-se à presença de Deus sem qualquer preparação de coração e alma, e esperar, então, por uma “adoração instantânea”. Davi disse: “Ao meu coração me ocorre: buscai a minha presença; buscarei, pois, Senhor, a Tua presença” (Salmo 27:8). A verdadeira adoração, no dia do Senhor, surge de uma mente preparada para Deus, encorajada por uma oração ardorosa pela bênção do Senhor sobre a noite do sábado e a manhã do dia do Senhor.
7. A verdadeira adoração deveria ser acompanhada pela meditação. Eis por que exortamos as pessoas a cuidarem da maneira com a qual empregam o seu tempo após o término do culto. Todo o proveito advindo da exposição e aplicação da Palavra de Deus pode ser destruído. A graça é uma planta delicada, pode ser facilmente danificada. Se queremos aproveitar da adoração prestada, isso deve ser feito por meio de uma tentativa verdadeira de reter a principal lição da pregação.
8. A verdadeira adoração é sempre um produto e uma perspectiva da grandeza de Deus e da nossa pequenez. O profeta Isaías vê a grandeza de Deus e clama: “Ai de mim! Estou perdido! porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Isaías 6:5). João, na ilha de Patmos, vê o Senhor e nos diz: “Quando O vi, caí a seus pés, como morto” (Apocalipse 1:17). Qualquer coisa de novo que introduzimos na adoração, que não tenha como objetivo exaltar a Deus, é simplesmente uma concessão ao desejo por novidade que, caracteriza todos os homens naturais.
9. A verdadeira adoração sempre é aceita por Deus. Devemos ser muito cuidados para não abrigar pensamentos que inferiorizem a nossa adoração! Expressões depreciativas, tais como aquelas que descrevem a adoração como um “sanduíche de hinos”, somente encorajam a atitude que revela que nossa adoração é forma, exterior e sem liberdade e que, se nós estivéssemos realmente adorando, então deveríamos ter barulho, liderança espontânea e excitação. Na realidade, na verdadeira adoração, as pessoas não ficam sempre sentadas na ponta dos bancos imaginando quem será o próximo a dizer ou fazer algo inesperado. Não, eles não devem concentrar-se muito nos meios de adoração; seus pensamentos devem estar centralizados em Deus. A verdadeira adoração é caracterizada pelo esquecimento de si mesmo e pela ausência de qualquer concentração no homem. O publicano permaneceu em pé, distante, abaixou sua cabeça e orou: “Ó Deus, sê misericordioso comigo, pecador”. Em nossos cultos, dirigidos pelas Escrituras e dependentes de Cristo, estamos verdadeiramente adorando a Deus; não deixamos simplesmente que as coisas caminhem, mas unicamente queremos adorar; nós adoramos o Deus vivo em espírito e em verdade, sabendo que o Pai está buscando ativamente tais pessoas que O adorem! Nós não cremos que todas essas novas ênfases na espontaneidade e na condução da adoração por homens, mulheres e jovens nos esteja levando a uma conscientização maior sobre Deus e à verdadeira adoração. Pelo contrário, existem abundantes evidências de que a adoração se encontra em declínio. Consideremos, por exemplo, a mudança em nosso modo de nos endereçarmos a Deus, o que tem ocorrido nos últimos vinte anos.
Será que isso representa um progresso e um amadurecimento no culto e oração pública? O que será que significa essa nova linguagem utilizada para orarmos: “Nós só queremos Te adorar, Te louvar”; “Somente a Ti, Jesus, queremos adorar”? As frases truncadas e curtas podem ser comparadas desfavoravelmente com os argumentos bem construídos e confiantes, acoplados com a reverência constante observadas nas orações das gerações anteriores.
10. A verdadeira adoração tem o seu clímax no dia do Senhor. A liberdade que o povo de Deus desfruta sob a nova aliança não lhes dá o direito de se reunirem somente quando se sentirem conduzidos ou dirigidos a fazê-lo. Na igreja apostólica, a adoração tinha períodos pré-determinados para ocorrer. No primeiro dia da semana eles se reuniam para partir o pão, ouvir a Palavra de Deus e recolher as ofertas (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:2). Mesmo que eles não sentissem o mesmo ânimo para realizar essas coisas naquele dia e se sentissem mais inclinados às coisas religiosas no terceiro dia, por exemplo, era no primeiro dia que eles deviam reunir-se para adorar. O mesmo pode ser dito hoje. Nós não somos “Adventistas do quinto dia”, daqueles que se reúnem na quinta feira, à noite, e nos orgulhamos das bênçãos maravilhosas e da fantástica comunhão quando o Senhor “realmente” se reúne com dez de nós. Não, nós devemos reunir-nos no Espírito, no dia designado, o dia do Senhor, e com todo o povo de Deus.
“Podemos muito bem dizer que adoramos a Deus, ainda que não sejamos perfeitos. Porém, não podemos dizer que O adoramos, se nos falta sinceridade”. (Stephen Charnock)

“Nós não vamos à igreja para adorar, porque a adoração deveria ser a atividade e atitude constantes do cristão dedicado. Nós vamos à igreja para adorar pública e corporativamente”. (John Armstrong)

“Muitos vêm ouvir a Palavra somente para satisfazer seus ouvidos; eles apreciam a melodia da voz, a doçura suave da expressão, a novidade do conceito (At.17:21). Isso é amar mais o enfeite do prato do que o alimento em si; isso é o mesmo que desejar mais agradar a si mesmo do que ser edificado. É o mesmo que uma mulher que pinta o seu rosto e se esquece de sua saúde”. (Thomas Watson)

“Deus não pode ter concorrentes! Somente Ele deve ser louvado”. (John Armstrong)




ADORAÇÃO VERDADEIRA!


O que é adoração? Poderíamos dizer que é uma honra que se presta a Deus, em virtude do que Deus é e do que significa para os que O adoram. A palavra hebraica que mas se usa para “adoração” no velho testamento significa “inclinar-se”. É o caso, por exemplo, em Gn 18.2. A palavra grega que geralmente se utiliza no Novo Testamento é “proskuneo”, e significa “prestar honra”, tanto a Deus como aos homens.

Está claro que é dever de cada criatura inteligente adora a Deus. Os anjos O adoram (Ne 9.6). Os Seus santos O adoram. No Evangelho eterno os homens são chamados a dar glória a Deus e a adorá-Lo (Ap 14.7). E dentro em breve tudo que há sobre a terra O adorará (Sf 2.11; Zc 14.16; Sl 86.9)

Porém, enquanto os anjos honram a Deus segundo a verdade, porque sabem quem Ele é, os homens também deve procurar conhecê-lo e adorá-Lo, não apenas exteriormente, mas sim com o coração, uma honra que procede dos sentimentos de amor do homem para com Deus.

“Adorar o Pai”, o povo de Israel era filho de Deus, o Seu primogênito (Ex 4.22); os israelitas eram filhos do Senhor seu Deus (Dt 14.1); o Senhor era um Pai para Israel e Hefraim era o seu primogênito ( Jr 31.9). Porém, nunca haviam adorado a Deus como Pai, pois “Ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11.27). Esse é um componente essencial da adoração cristã: conhecer a Deus e sua relação como Pai com o Seu povo, que O adora como tal.

Mas esta revelação é um assunto pessoal - “A quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11.27b)
Portanto, todo aquele que tem este conhecimento, o tem recebido do Filho. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse nos fez conhecer o Pai. E, depois de ter cumprido a Sua obra, introduziu os que são Seus na mesma relação que Ele próprio goza com o Pai: “Subo para Meu Pai e vosso Pai” (Jo 20.17).

“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim O adorem. Deus é Espírito, e importa que os que O adoram, O adorem em espírito e verdade.” (Jo 4.23,24) Aqui encontramos o caráter da adoração cristã. Não é um ritual, a formalidade de uma cerimônia religiosa. Esta harmonia com o que Deus é e, portanto, pressupõe que Deus foi completamente revelado.
Nenhum incrédulo pode adora desta maneira! Pois é somente por meio do novo nascimento que temos recebido a nova vida, que a Bíblia chama “espírito”. “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.” (Jo 3.6; Rm 8.16) A adoração é espiritual, é segundo o novo homem, e está em harmonia com o que Deus é.

O culto de Israel era terrestre, natural. Era desempenhado num lugar definido geograficamente - um magnífico templo. Era um culto regulamentado até aos mínimos detalhes e no qual o homem, vestido de trajes dispendiosos e acompanhados de música maravilhosa, podia trazer o mais elevado e o melhor que a terra tinha para dar. Mas nada nisso era espiritual. Não havia a menor obrigação de um sacerdote, cantor ou ofertante, ter de nascer de novo. E isso fora assim instituído pelo próprio Deus, pois se tratava do culto prestado por um povo terrestre a um Deus que ainda não Se havia revelado a eles.
Todavia, na cruz Deus acabou com o homem natural. Nós, os servos, que cremos no Senhor Jesus, já morremos com Cristo (Rm 6.8). Espera-se que andemos segundo a nova vida que o Espírito Santo operou em nós por meio do novo nascimento. E o Espírito santo, que habita em nós, é a força divina que nos habilita para o seu cumprimento.
Desta forma, a nossa adoração deve ser espiritual, acompanhada de uma vida repleta de pureza e que produz os frutos do Espírito.

Em perfeita harmonia com o que já foi mencionado, não nos é fornecida nenhuma forma ou cerimônia para a nossa adoração. Isso é tanto mais notável se lembramos que entre os israelitas tudo estava regulado até nos mínimos pormenores. Nem sequer conhecemos as palavras com as quais o Senhor deu graças na instituição da Ceia, Não temos descrição de um apóstolo partindo o pão. Não conhecemos um hino sequer que a Igreja cantava nos dias dos apóstolos. Não temos nenhum livro com salmos cristãos. Temos e devemos adorar a Deus pura e simplesmente pelo Espírito (Fp 3.3).

Mas a adoração não deve ser somente “em espírito”, mas também “em verdade”. “O que é a verdade?”, perguntou Pilatos. Ele não sabia que Aquele que tinha diante de si e que levava uma coroa de espinhos era a Verdade. A verdade é o que Deus tem revelado de Si mesmo. E foi o Filho quem O revelou.
Em certo sentido Israel também havia adora em verdade, visto que o seu culto concordava com o que, naquele tempo, já tinha sido revelado acerca de Deus. Mas agora Deus foi perfeitamente revelado, pois “Deus foi manifestado em carne”, esteve na terra e por graça infinita podemos conhecê-Lo . “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro” ( 1 Jo 5.20).

Decerto há um crescimento no conhecimento da verdade. E o Espírito de Deus atua em nós para nos conduzir em toda a verdade. É óbvio que o desenvolvimento será diferente de um servo para outro, porém a diferença será infinitamente pequena em comparação com a medida entre um homem natural (que não nasceu de novo) e o mais jovem dos servos. Por meio no novo nascimento recebemos uma vida que é espírito, e pela qual nos tornamos competentes para conhecer a Deus. É a “natureza divina” (2 Pe 1.4). Nesta nova vida opera o Espírito Santo que habita em nós e nos capacita, o qual também é a força divina que põe esta nova vida em contato com o próprio Deus (Jo 4.14) As filhinhos em Cristo está dito: “ E vós tendes a unção do Santo, e sabeis tudo. Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade.” ( 1 Jo 2.20,21)
Portanto, podemos nos aproximar de Deus nosso Pai, Pelo poder do Espírito Santo, que põe a nossa vida em contato com Deus, nós O vemos e desfrutamos dEle. Seria possível contemplar a Deus tal como Ele é, sem ficar maravilhados e sem ficar desejosos de Lhe dizer isto? Todo o filho de Deus que não ficou passivo ante as bênçãos recebidas, mas que elevou os seus olhos ao próprio Doador, sabe, por experiência, que isso é impossível. A glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo é tão grande que os nosso corações são demasiado pequenos para dar perfeita conta do que dela vemos. Somos ainda menos capazes de expressar essa glória apenas em palavras. Mas adoramos em espírito e, portanto a nossa adoração consiste nos sentimentos espirituais que sobem de nossos corações e conjunto com palavras e atos voluntários diante de Deus.
Não há dúvidas de que cada servo deve adorar pessoalmente. Como é possível contemplar a obra do Senhor Jesus, o amor e a graça do Pai sem dar graças e louvores? E isso é algo que todos nós, os filhos de Deus, temos em comum.
Deus espera de Seu povo que se reúnam com a consciência que o Senhor é o Único que tem autoridade no meio deles. Só Ele pode determinar quem quer usar ali. E o Senhor exerce esta autoridade por meio do Espírito Santo. Não se trata de uma questão de uma ou dez ou vinte pessoas tomarem parte no culto, mas de que o Espírito Santo tenha verdadeiramente a Liberdade de usar que quer que seja.
É impossível prestarmos a verdadeira adoração, quando o Espírito Santo é relegado a segundo plano ou parcialmente acreditado; como é tão comum dentro de tantas igrejas.

quinta-feira, 31 de maio de 2012



Neemias 3)
Faremos uma analogia sobre AS DOZE PORTAS de Jerusalém (as portas da nossa vida)

Uma cidade sem muros está sujeita à invasão inimiga. Imagine a cidade de Jerusalém como uma pessoa composta de corpo, alma e espírito.

CORPO: A forma da cidade (no caso aqui Jerusalém)
ALMA: Muros (a nossa personalidade). Aquilo que é visível, a parte exterior, o que mostramos quando temos o primeiro contato com alguém.
ESPIRITO: Templo (a cidadela de Davi, onde está o templo). Onde Deus habita tem vida, lugar de adoração. Há um santuário em nós e todo ambiente deve ser condizente com essa realidade.
Os muros de Jerusalém, são a proteção da cidade interior, onde habita o Espírito da cidade quem ela é de fato.
Como em toda cidade, tem entrada e saída.
Ninguém só entra ou só sai tem portas de entrada e saída.
Para entrar ou sair de algum lugar é preciso decidir - Passar por uma porta envolve decisão.
Portas falam de lugar de decisão. Nessa cidade também havia:
Torres= lugar de vigilância
Fontes= material usado para apagar as flechas incendiárias do inimigo.
Quais eram AS PORTAS DESSA CIDADE?
(Em Neemias 3:1) - A porta das ovelhas seria o encontro com o cordeiro de Deus.
Era a porta onde passavam as ovelhas destinadas ao sacrifício da Páscoa. (João. 1:29) Ele é o cordeiro que tira o pecado do mundo. Essa porta aponta para Jesus.
A porta das Ovelhas, é o lugar da rendição a Cristo e da experiência de conversão, quando somos lavados pelo Seu sangue e regenerados em nosso espírito. É a porta da decisão por Jesus.
Já entramos por esta porta?
(Em Neemias 3:3) - A porta dos Peixes significa lugar de crescimento e reprodução.
No hebraico peixe tem a conotação de reprodução, crescimento, mover-se rapidamente.
Isso nos lembra de crescimento numérico, reprodução de nossas vidas em novos filhos .

É por essa porta que deixaremos entrar os novos filhos de Deus.
Exige a decisão de não vivermos para nós mesmos mas em busca daqueles que também precisam de Jesus. É a porta da multiplicação.
É a porta da decisão de ser frutífero. (Mc.1:17). Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens. Já entramos por esta porta?
(Em Neemias 3:6) A porta velha é a Libertação do Passado. Essa porta fala das coisas velhas existentes em nossa alma e que devem ser removidas.Ilustra um passado que deixa marcas no caráter; memórias feridas que teimam em permanecer machucando; padrões de pensamento e hábitos alheiros aos princípios do Reino de Deus, enfim, tudo quanto é herança contrária à nova vida em Cristo.
Em (Romanos 5:17) a palavra diz Se alguém está em Cristo é nova criatura, as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo. É por essa porta que devemos remover tudo que faz parte de nosso passado, tudo que faz parte da natureza adâmica (os pensamentos, os velhos padrões,as velha maneira de viver), encarar as coisas, hábitos, muito do que faz parte da velha natureza.
Tudo isso deve ser retirado pela porta velha, pois agora nossa vida em Cristo é uma completa novidade de vida. (Em Efesios 4:21-24) a palavra diz quanto ao trato passado....despoje, renove e revista.

(Em Neemias 3:13) A Porta do Vale significa O milagre da salvação. É a porta da libertação do inferno.
Por essa porta saía todo lixo que deveria ser queimado. Era um lugar onde os vermes eram constantes e o fogo ardia constantemente.

Ali, o vale, era um lugar muito bonito, era o vale do Hinon, mas passou ser usado para sacrifícios a Moloque e por isso foi amaldiçoado (Jer, 32:35; 7:30; 8:3) é chamado o vale da matança.
No livro do profeta (Isaias 66:22-24). É apresentado como lugar escatológico de punição, onde o “seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará”
Passou a ser chamado também de Geena, lugar de morte e tormento e podemos ver em (Marcos 9:43-48). Essa é a porta em nossa vida que se abre para os livramentos e milagres de Deus. Serve para nos alertar de não deixar queimar ali, nenhum fogo estranho dentro de nossa alma. O único fogo que deve queimar é o Espírito Santo.
Não nos esqueçamos dos horrores do inferno, porque são reais, e sem Jesus era para lá que estaríamos caminhando a passos largos. É a porta da decisão de não permitir fogo estranho e perfeita fidelidade ao Senhor. Já entramos por essa porta?
(Em Neemias 3:14) A porta do Monturo que significa Remoção do lixo. É a porta em que todo lixo devia ser removido. Nenhuma cidade sobrevive com lixo acumulado.
O lixo prolifera toda sorte de doenças, mal cheiro, esconde a beleza da cidade e soterra a possibilidade de frutificação devido aos gases mortais que libera.
Nossa alma deve estar aberta ao Espírito Santo para que todo lixo acumulado seja jogado fora e nenhum outro volte a entrar. Será que você tem lixo no porão da sua alma? Nós já chegamos a Jesus cheio dele.
Nosso espírito foi recriado, mas nossa alma está em processo de restauração. Isso significa que ainda estamos diante da remoção de coisas que se acostumaram a conviver conosco e que nada têm a ver com a vida de Deus. Tudo que não se enquadra dentro do fruto do Espírito, é lixo e deverá ser rejeitado.

Todas as obras da carne são imundas e devem ser erradicadas da própria personalidade dando lugar ao fruto do Espírito.
Só o Espírito Santo pode penetrar nos porões de nossa alma e descobrir as sujeiras escondidas tão incorporadas em certas áreas que até parecem naturais.
Como entra lixo em nossa alma então?

Através dos nossos sentidos, especialmente visão e audição (que são meios de comunicação) e como nos relacionamos com as pessoas (o que fazemos e o que fazem conosco). O contato com o sistema imoral, cheio de tanta impureza, numa época em que os poderes do inferno estão soltos e têm suas garras violentas sobre tantos, tenta também nos manchar.
Precisamos decidir rejeitar toda essa contaminação que vem do lado de fora e que ainda está presente, impedindo a entrada de novo lixo. Mesmo com tantos apelos, é possível manter a imundície do lado de fora, conservando a porta do lixo fechada. Como?
Nos expondo ao Espírito Santo e à Palavra de Deus. Assim, ficaremos sensíveis e alertas na possibilidade da entrada de algum lixo, mesmo na forma mais sutil.
(Em Neemias 3:15) A porta da Fonte aqui O Espírito Santo fala das águas que correm. É um dos símbolos do Espírito Santo. É Ele quem nos gera em Cristo e nos consola (João. 14:16). É o Espírito que flui em nossas vidas (João.7).
Entrar por esta porta é um desafio constante para crescimento e comunhão do Espírito Santo.
Na porta da Fonte, o Espírito Santo nos gerou em Cristo, batizando-nos em Seu Corpo, tornando-nos filhos de Deus. Ali Jesus batizou no mesmo Espírito e nos equipa para servi-lo. Já decidimos beber dessa fonte diariamente? Não nos esqueçamos dos horrores do inferno, porque são reais, e sem Jesus era para lá que estaríamos caminhando a passos largos. É a porta da decisão de não permitir fogo estranho e perfeita fidelidade ao Senhor. Já entramos por essa porta?

(Em Neemias 3:25) O Pátio do Cárcere que significa o Livramento das amarras, das correntes que nos prendem. Aqui é o átrio, ou pátio do cárcere ou prisão. É o lugar onde as prisões devem ser quebradas. Prisões de medo, depressão, falta de perdão, amargura e tantas outras. Tudo quanto tem poder de fascínio ou domínio sobre nós, é uma prisão.

Em tudo que dizemos “não consigo deixar isso, ou não fazer isso, ou viver sem isso, servimos como escravos”.
Toda e qualquer forma de prisão enfraquece a alma, e a personalidade. (Em Gálatas 5:1) O Apóstolo Paulo nos diz que foi Para a liberdade que Cristo nos libertou, permanecei, pois, firmes e não vos dobreis novamente a um jugo de escravidão. Prisões da alma, manifestam incapacidade de dominar os apetites da carne, nas carências afetivas, insegurança, acomodação, pensamentos descontrolados, dificuldade de tomar decisões, letargia, enfim.
Toda forma de prisão tem origem em satanás e o remédio é JESUS, cujo poder libertador é ministrado pelo Espírito Santo. O (Salmo 142:7) diz: Tira a minha alma da prisão e louvarei o Teu nome. Você Já tomou essa decisão? Decisão de sair da prisão e louvar o nome do Senhor?
(Em Neemias 3:26) A porta das Águas que significa A Palavra de Deus.
Em (Ef. 5:26) A palavra diz: Tendo-a purificado com a lavagem da água pela palavra.Essa porta deve estar aberta para a verdade da Palavra e cerrada para as falsas doutrinas.
A palavra de Deus está para nossa alma como a comida está para o nosso corpo. É nossa fonte de alimento, sustento e vida. Por ela conhecemos a Deus; é canal de comunhão com Seu autor, Deus mesmo; é fonte de oração, confissão e vitória; é instrumento de combate espiritual, sendo arma contra as investidas satânicas; por meio de princípios pelos quais viveremos e reinaremos; são de fato “espírito e vida” conforme Jesus disse em (João. 6:63) A porta da Fonte nunca deve estar fechada, mas sempre escancarada para a Palavra de Deus.
Você Já decidiu entrar para essa porta?

(Em Neemias 3:28) Porta dos Cavalos que significa livres das cargas. E pressões.

Cavalos são meio de transporte e levavam cargas, pesos. Era por essa porta que os cavalos passavam com as cargas. Em Jesus podemos ter nosso fardo trocado e os pesos então não fazerem mais parte de nossa vida. (Em Gálatas 6:2), nos exorta que também devemos levar as cargas uns dos outros.
Em (1 Pe. 5:7) Diz para lançarmos sobre ele toda nossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de nós.

Você quer continuar carregando fardos ou decide hoje entregar para Jesus? Passe hoje pela porta dos cavalos.
(Em Neemias 3:29) A porta Oriental significa O Regresso de Jesus. É a porta da entrada do Messias, do Rei. Para nós é a porta da espera do Rei Jesus e seu Reino eterno quando ficaremos para sempre com Ele. É o símbolo da vitória final onde estaremos finalmente livres da presença do pecado.
Você Já decidiu não desanimar de esperar por essa ocasião?
(Em Neemias 3:31) A Porta da Atribuição ou seja, A comissão Divina

É a porta da guarda. É a porta da atribuição, do mandato, da ordem, do lugar apontado. Fala do lugar onde Deus delega uma missão, onde atribui-nos uma responsabilidade. A palavra traz o sentido de uma tropa que é convocada para receber suas diversas atribuições.
É a porta que Deus nos delega responsabilidades. Ele sempre nos capacitará para essas responsabilidades. Em (2Cor. 3:5) A Palavra diz que Somos capacitados por Deus em (Neemias 8:16) A porta de Efraim significa A porção dobrada.
Efraim significa = fruto dobrado, porção dobrada da herança, frutífero. A porção dobrada é dada por direito da primogenitura. Jesus é primogênito, mas nós temos direito a mesma herança de Jesus através da igreja. Nós pertencemos à igreja? Em (Oseias 11:8), diz que Deus diz: Como te deixaria ó Efraim?
Qual rumo você decide tomar em sua vida?
Vai se expor ao Espírito Santo para continuar sendo tocado por ele e usufruindo da igreja de Jesus e amando-a como Ele o amou? Neemias fala todo tempo da reconstrução das portas, dos ferrolhos e das trancas.
Sómente Deus pode fortalecer as trancas das suas portas e te abençoar.

Entregue a reconstrução de sua vida a Ele.